Saúde
Compulsão Alimentar: O que é, quais as causas e os riscos?
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Um dos grandes problemas de saúde da atualidade é a compulsão alimentar, que afeta milhares de pessoas. A situação ocorre, principalmente, quando um indivíduo se alimenta de forma desordenada e acima do que necessita. Em geral, pacientes com esse sintoma continuam a se alimentar mesmo quando estão sem fome, cheios ou estufados.
Há tratamentos para o distúrbio, mas é preciso compreender suas causas para iniciar. Dessa forma, diagnosticar corretamente o transtorno é o primeiro passo de uma longa jornada.
Para entender melhor a compulsão alimentar, confira os parágrafos a seguir. Ao longo do texto, poderá descobrir o que é, quais são os riscos e as principais causas, além do tratamento para essa situação.
O que é compulsão alimentar?
De forma bastante simples, pode-se descrever a compulsão alimentar como a ingestão exagerada de alimentos. Assim, ela se apresenta como uns dos principais transtornos da atualidade, junto à bulimia e à anorexia. Pacientes com tal diagnóstico tendem a comer mesmo quando não sentem necessidade ou já estão cheios. Também pode ser considerado se a quantidade de comida for superior ao que o indivíduo precisa.
Para ser confirmada como um transtorno alimentar, a pessoa deve apresentar essa tendência ao menos duas vezes ou mais por semana. Vale a pena destacar, porém, que inúmeras são as motivações por trás da doença, que vão desde o emocional até a pressão da família ou da sociedade. Assim, essa se apresenta como uma compensação do corpo pelo tempo em que este ficou sem receber os ingredientes.
Quais são os riscos da compulsão alimentar?
Uma das grandes preocupações em torno da compulsão alimentar se refere aos riscos que ela traz ao indivíduo. Por conta dessa alimentação desbalanceada, a pessoa pode desenvolver doenças mais graves ou quadros perigosos para sua saúde.
Com isso, seu pronto diagnóstico é primordial para iniciar o tratamento o mais rápido possível. Assim, pode-se estabelecer como alguns dos principais riscos associados ao distúrbio casos como:
- Obesidade ou sobrepeso;
- Diabetes tipo 2;
- Hipertensão;
- Colesterol alto;
- Dificuldade na respiração;
- Apneia do sono;
- Problemas vasculares;
- Anorexia e/ou bulimia;
- Distúrbios psicológicos, como ansiedade, depressão e TOC — Transtorno Obsessivo Compulsivo;
- Insuficiência cardíaca;
- Gastrite e hérnias;
- Infertilidade.
Quais são os sintomas da compulsão alimentar?
Um grande problema da compulsão alimentar se encontra em seus sintomas, que podem facilmente passar despercebidos. Dessa forma, o mais indicado é analisar o comportamento da pessoa, em especial durante as refeições. Alguns pontos de atenção dizem respeito a atitudes como:
- Se alimentar escondido em locais afastados;
- Comer mais do que o normal;
- Continuar a se alimentar mesmo após estar saciado;
- Ingerir de forma mais rápida do que a de costume;
- Sentir-se culpado após as refeições;
- Demonstrar receio, medo ou aversão à alimentação.
Todos esses casos, entretanto, devem ser avaliados juntamente a um profissional para se ter o diagnóstico. Ainda assim, são sinais de alerta, principalmente para os que estão em volta à pessoa, visto que esta tende a manter um estado de negação.
Quais são as causas da compulsão alimentar?
Ao se mencionar a compulsão alimentar, se faz precisa destacar que este é um transtorno mental. Isso significa que o psicológico do indivíduo sente a necessidade de comer, mesmo que o corpo diga o oposto. Por conta disso, grande parte das causas do distúrbio estão associadas a traumas e situações específicas.
Dietas restritivas e desbalanceadas
Não é novidade alguma que milhares de pessoas se arriscam diariamente em dietas extremamente restritivas. A motivação por trás disso pode estar ligada à vontade de emagrecer ou mesmo uma pressão externa. Independentemente da situação, essa privação na alimentação pode desencadear alguns problemas, entre os quais a compulsão alimentar.
“Os estudos científicos mostram que, em situações de restrição alimentar, a pessoa tem como se fosse uma alimentação compensatória – é como se o organismo acendesse um sinal de alerta”
José Carlos Appolinário, UFRJ
Se não feita corretamente e junto a um especialista de nutrição, a dieta pode causar depressão ou mesmo anemia. Ao necessitar dos nutrientes, então, o corpo sinaliza para o cérebro, causando a fome. Como consequência, as pessoas que se encontram em tal situação tendem a comer a mais quando têm a chance, transformando sua alimentação em um transtorno.
Apego emocional
Algumas situações específicas podem trazer consigo uma angústia desproporcional, o que acaba por deprimir a pessoa. Nesse tipo de caso, a comida se apresenta, então, como um apego emocional, um conforto em meio à crise. É como se a alimentação preenchesse o vazio causado por um trauma emocional, que pode ser amoroso, profissional ou mesmo pessoal.
Dentro desta lógica, se faz preciso citar doenças mentais como a ansiedade e a depressão como possíveis causadoras da compulsão alimentar. Em ambos os casos, o paciente se encontra sem emoções positivas e vê, na comida, um aliado. O diagnóstico, aqui, se faz de maneira mais simples ao se analisar o contexto completo.
Imagem corporal e aceitação pessoal
Em um mundo em que a imagem corporal vale tanto, é comum que a população desenvolva transtornos por conta dela. Em especial, destaca-se aqui que a tal imagem de perfeição vendida por marcas e revistas não é encontrada na sociedade. Esse padrão, totalmente ilógico e irracional, acaba por excluir os indivíduos fora dele. Não à toa, é um dos principais causadores da compulsão alimentar.
Neste caso, o paciente tende a se privar da alimentação em busca do corpo vendido como perfeito. Nessa busca implacável pela magreza, a pessoa apresenta problemas com sua aparência e autoestima. Para aliviar esses sentimentos, acaba encontrando na alimentação o conforto emocional citado no tópico acima.
Estresse, medo ou receio
Talvez um dos casos mais comuns e que grande parte da população pode se ver é o comer por estresse. A lógica aqui é a mesma das situações anteriores, em que a comida se apresenta como um conforto em meio ao caos. O problema, entretanto, é que nem sempre essa é somente uma nuvem passageira. Há pessoas, principalmente as no auge da carreira, que se encontram constantemente estressadas.
Na prática, portanto, esses indivíduos estão sempre precisando de tal conforto pelo medo do que pode vir, o que os faz comer demais e de maneira contínua. Essa compulsão alimentar pode trazer danos graves ao seu organismo, sendo preciso acabar com o ciclo. Para isso, porém, sugere-se o acompanhamento médico.
Traumas recentes e passados
Como pôde ser visto em todos os tópicos acima, o lado psicológico de uma pessoa pode afetar diretamente sua alimentação. E, neste ponto, vale dizer que traumas podem ter grande impacto aqui, tanto recentes quanto passados. Tais perturbações podem estar ligadas aos mais diversos fatores, mas em comum apresentam um enorme efeito sobre o paciente.
A dificuldade dessa situação, porém, está ligada ao diagnóstico, visto que inúmeras podem ser as possibilidades. De acidentes à perda de um ente querido, da abusos emocionais à negligência familiar. Por conta disso, o auxílio de um psicólogo ou psiquiatra pode ser vital na busca pelo tratamento ideal.
Como é o tratamento da compulsão alimentar?
Como qualquer outro transtorno, o tratamento da compulsão alimentar deve ser feito por um médico especializado. Neste caso, algumas são as especialidades que podem ser indicadas, como nutricionistas ou psicólogos. Em ambos os casos, porém, o tratamento não deve se resumir a remédios.
De acordo com tudo o que foi mencionado acima, há um aspecto psicológico muito grande neste distúrbio. Por conta disso, apenas os medicamentos não surtirão efeito se a mentalidade do indivíduo não mudar. Seus gatilhos para essa alimentação compulsiva devem ser entendidos e tratados para que o caso não volte a ocorrer no futuro.
O que fazer com alguém que tem compulsão alimentar?
Tal qual outros distúrbios, a compulsão alimentar é grave e deve ser tratada para não trazer riscos à saúde do paciente. Com isso em mente, se faz necessário que o indivíduo procure por auxílio médico o mais rápido possível. A partir deste primeiro contato, um melhor diagnóstico pode ser feito e o tratamento iniciado. Para encontrar o profissional ideal, o mais indicado é buscar no lugar certo.
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